sábado, 19 de julho de 2008

ARTESÃOS DO BRASIL







fotos:reprodução

CERÂMICAS:

CERÂMICA DE TRUCUNHAÉM - Pe.

Foi nos anos 60, que a paisagem de Trucunhaém, começou a mudar. Os canaviais intermináveis e as olarias da pequena cidade viram surgir um grupo de artesãos afiados na capacidade de moldar o barro. Sem técnicas apropiadas, e nenhum recurso financeiro, a maioria dos santos , potes e tigelas, e animais nascidos da imaginação desses pioneiros , se quebravam ainda dentro do forno; aos poucos eles foram desvendando os segredos da argila , e o temperamento do fogo; fazendo nascer uma arte de figuras singulares, que conquistou os Estados o País, e rumou para o Exterior.
Mestre Zezinho e Maria Amélia; foram os precursores desta arte que se apresentou no Brasi década de 60.

DETIMAR VIEIRA - Belo Horizonte -MG
Falta apenas um sopro divino para que os santos do mineiro, ganham vida e possam contar histórias que carregam consigo. Se pudessem falar, São Francisco; São
Sebastião, São Cristovão e outros certamente trariam versões menos sofridas de lendas que correm o mundo há séculos; rejeitaram as rígidas posturas tradicionais e são apresentadas as vezes dormindo, as vezes fazendo refeições, em expressões mais de acordo com as faces rosadas e o semblante gracioso; sua marca registrada, vem da pintura em detalhes específicos, com olhos e bocas.


ELISA PENA - Belo Horizonte - MG
O despertar da veia artistica de um artesão ocorre, às vezes, de maneira e em lugares inusitados; aconteceu no laboratório de prótese dentário.
Depois de fazer sucesso como santeira, a mineira Elisa Pena, escolheu retratar o cotidiano das mulheres em suas esculturas. As formas arredondadas e sensuais, muitas vezes voluptuosas, são a marca desse trabalho.


ELISABETH E GILBERTO.
O cenário é um espaçoso galpão pintado branco e bem iluminado. com fornos , tornos e argila empacotada para fazer cerâmica.
O casal optou por trabalhar com a pasta de porcelana, porque o material recebe melhor as cores dos òxidos monerais.. Elisabeth prefere linhas geométricas e as cores preta e cinza. Gilberto gosta de criar incrustações azuladas de óxido de óxido de cobalto.


FIGUREIROS DE TAUBATÉ - Vale do Paraíba - SP.
Benedito de Jesus, o Fio, Luiza Vieira: diferentes gerações de figureiros partillham o velho costume de contar histórias à partir de pequenas imagens coloridas. A chuva de galinhas-d"angola é uma das peças mais requisitadas na Casa do Figueiro.


GUIDO TOTOLI.
Ãnfora e cavalos etruscos, revelam a influência renascentista na obra do artesão italiano. Marca de infância vivida próxima às ruínas romanas de Pestum, no sul da Itália.


KIMI-NII - SÃO PAULO - SP.
Nasceu em Hiroshima, no Japão, chegou com 9 anos em São Paulo.Um ligeiro olhar sobre sua produção prova que a herança genética fala mais alto: a suavidade.
Há peças talhadas a faca, como se ela não trabalhasse a cerâmica e sim folhas de papel. Esses é um dos tracços mais importantes e marcantes de uma obra que frequenta na mesma proporção as exposições de artes e as mesas de jantar. Cortes de precisão cirúrgica na argila requerem técnica- coisa que mais de vinte anos de experiência lhe garantem - e talento - esse dom nato que nem mesmo o tempo pode nos dar.


MEGUMI YUASA E MASAKO AKEHO - COTIA - SP.

Filósofo de arte, mestre de várias gerações de ceramistas, ele entende que a cerâmica é apenas um instrumento, para que se discorra sobre a essência da vida.
Imbuido da filosofia zen, ele explica que amassar argila, e peneira-la, moldá- la e queimá-la é entrar em contato com a nossa própia natureza- no fundo não passamos de barro.
O ceramista tem que se haver com delicadeza e a força. A reflexão sobre essa dualidade não é só mental, vem de uma relação do nosso corpo com o barro.
" O equilibrio não está na negação da força, nem na delicadeza, mas no saber lidar com ambas com drande disciplina".
Hoje ele conta conta, com ajuda inestimável da e-aluna , agora sócia.


MESTRE CARDOSO - BELÉM - PA
Ainda criança, ele aprendeu fazer a cerâmica com a mãe. Adulto vasculhou livros, museus e cemitérios índigenas, tornando-se um especialista capaz de discorrer sobre o tema, com a erudição de um acadêmico.
Símbolos de fertilidade, as mulheres estão sempre presentes ao trabalho de Mestre Cardoso; com também, recriação de urnas funerárias inspiradas em peças arqueológicas.,


MESTRE VITALINO - CARUARU- PB.
Se deus fez o homem do barro, um homem moldou no barro a alma de um pernambucano: Vitalino.
A peça apresentada foi a primeira imagem moldada por Vitalino, um flagrante do sdetão, um caçador com seu trabuco, na mira de uma presa para matar a fome.O artesão Severino tomou o nome do pai, como sobrenome; pode dar cor aos bonecos, mas assim crus, nos tons do barro, é que exibem sua pureza viva.


NELISE OMETTO. - SÃO PAULO - SP.
Nelise aprendeu com seu mestre Megumi Yuasa; como transformar arte em liberdade. Assim ela deixou a vida sossegada da dona de casa e abriu seu próprio ateliê de cerâmica onde cria aparelhos de jantar que mesclam conceiotos do Oriente e do Mediterrâneo.


VALE DO JEQUITINHONHA - NORTE DE MINAS GERAIS.
No meio da pobreza que se espelha pelas margens do Rio Jequitinhonha e seus afluentes, numa das regoões mais secas do paìs, háum tesouro. Misturando argilas e pigmentos naturais, contando cam a ajuda de um pequeno objeto pontiagudo e um sabugo de milho; mãos habilidosas trabalham o barro à procura de expressões humanas. as bonecas representam o povo simples do Vale do jequitinhona.Noivas, com belissímos vestidos, arranjos flores e buquês; mulheres em trajes de festas, usando brinco e colares chamativos, senhores elegantes de terno e gavata: sonho dourado de uma gente sofrida. As figuras das grávidas e das mulheres amamentando brindam a fertilidade feminina.

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